Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.



 
InícioPortalGaleriaÚltimas imagensProcurarRegistarEntrar

 

 Review do Need For Speed Most Wanted

Ir para baixo 
AutorMensagem
Kathey-ken
Repórter
Repórter
Kathey-ken


Número de Mensagens : 77
Idade : 34
Localização : Belford Roxo
Data de inscrição : 28/03/2009

Review do Need For Speed Most Wanted Empty
MensagemAssunto: Review do Need For Speed Most Wanted   Review do Need For Speed Most Wanted Icon_minitime1Sáb Mar 28, 2009 4:11 pm

Introdução:

A série Need for Speed dispensa apresentações. Afinal, a não ser que você seja um completo iniciante no "mundo gamer" ou esteve em Marte nos últimos 15 anos, deve saber que se trata da mais famosa franquia de jogos de corrida do gênero arcade, que não se preocupa com o realismo e simulação (que atualmente se traduz na franquia TOCA Race Driver), mas basicamente no quesito diversão. Isto remete a uma jogabilidade descomplicada, gráficos bonitos, trilha sonora animadora e um enredo que, nos últimos três anos, pode-se afirmar ser completamente inspirados no filme Velozes e Furiosos que se tornou praticamente um marco para qualquer produção desde 2001 que envolva corridas urbanas fora-da-lei.

E mesmo com esse tempo todo nas costas, é difícil chegar a um consenso sobre o título melhor da série, devido a cada um ter suas particularidades e muitas qualidades, sem nunca deixar a peteca cair - cada jogador tem o seu predileto, seja do início, do meio ou os mais recentes. Depois de dois anos seguidos explorando o tema Underground - e muito bem, diga-se de passagem -, a EA Games resolveu mudar um pouco a fórmula com o recente lançamento de Need for Speed: Most Wanted, trocando seus ambientes noturnos pela luz do sol e voltando ao originário tema de fugir da polícia, que nos remete a um dos principais clássicos da franquia - NFS: Hot Porsuit. Porém, engana-se quem pensa que as possibilidades de tunings e corridas urbanas perderam o seu espaço, pois o objetivo da empresa foi mesclar os dois estilos em um só game.

Antes do seu lançamento, muita gente estava com o pé atrás, afinal, mudar em time que está ganhando é sempre arriscado, ao mesmo tempo que tornar-se muito repetitivo também é acaba sendo fulminante para o sucesso de qualquer game. Se você está ansioso para saber o que deu esta "salada mista", prepare para arrancar e corra que a polícia vem aí...
Jogabilidade:

Quem já jogou NFS: Underground ou Underground 2, vai se sentir muito a vontade com o novo título, já que praticamente não houve mudanças. E mesmo quem não tem experiência na série consegue pegar o jeito com grande facilidade, já que você pode sair com o câmbio automático e com total liberdade para explorar a cidade, bastando acelerar sem se preocupar em bater, já que o seu carro é indestrutível no geral. Embora seja possível dominar o controle no teclado, o uso de um joystick com pelo menos oito botões e direcional analógico melhora muito a diversão e o conforto, principalmente com o aumento do nível de dificuldade, ao se avançar.

A história da campanha single-player é bem batida, mas não desagrada. Sem muita enrolação e originalidade, você é o mocinho bad-boy que precisa se reerguer no sub-mundo das corridas urbanas em uma cidade dominada por uma gangue que tem um líder mau-caráter, com a ajuda de uma bela mocinha. A "mocinha" neste caso é a atriz hollywoodiana Josie Maran que empresta o ar de sua graça para embelezar o game, interpretando a personagem Mia com grande participação no início e fim, mas que por boa parte no meio do jogo aparece quase que exclusivamente por mensagens de voz e texto em seu celular. Possivelmente, a campanha solo de Most Wanted é a mais longa de um jogo de corrida, gastando mais de 30 horas para se completar todas as missões e objetivos possíveis (embora nem todos sejam obrigatórios), o que pode ainda aumentar se levarmos em conta que além do modo Carreira há uma modalidade Série de Desafios com várias missões específicas, e a opção de corrida rápida que lhe joga um carro, pista e modo de disputa escolhidos ao acaso. O modo Carreira se resume basicamente em avançar no Top-15 da Blacklist, desafiando o corredor de cada posição para poder subir de rank, mas para ser liberado cada desafio é preciso vencer algumas corridas, objetivos contra a polícia e ter o seu índice de periculosidade até um índice mínimo, o que vai ficando cada vez mais difícil e complexo conforme se avança.

Com relação ao último game, a principal novidade está no Speedbreaker, que funciona como o efeito bullet-time, deixando o tempo em slow-motion que é útil para realizar manobras muito fechadas, mas nem sempre se mostra a melhor solução e passa boa parte do jogo quase esquecida. Fora isso, o controle segue praticamente o mesmo.

Os modos de corrida também seguem os já conhecidos Circuit para os tradicionais circuitos (com uma variação que elimina o último colocado em cada volta), Sprint para as disputas de longa distância para ver quem chega primeiro, e Drag que são as disputas de arrancada onde é preciso trocar a marcha no manual e evitar o choque pois aqui não há invulnerabilidade. Porém, duas modalidades que não faziam parte dos últimos games foram incluídas: a Speedtrap que ganha o motorista que obtiver a maior somatória de velocidades nos vários radares espalhados pelo percurso, e a Tollbooth na qual você tem o relógio correndo em contagem regressiva e tem que passar por diferentes pedágios que funcionam como check-points e voar para chegar até o final no tempo limite.

Com relação à compra de peças, upgrades e tunings em geral, o NFS: Most Wanted não desaponta e oferece um número ainda maior de opções no total do que o Underground 2. Você pode mudar desde opções da carroceria, calota e aerofólio, como optar por melhorias no câmbio, motor, suspensão, freio e pneus. Como não poderia faltar em um game de corrida deste gênero, não foram deixados de lado as opções do nitro e turbo, que são decisivos para ganhar velocidade. Os itens de tuning, como pintura, adesivos e até as diferentes cores do velocímetro também abrem o leque de customizações possíveis, para aqueles que gostam de gastar algum tempo para deixar o seu carro com cada detalhe de acordo com o gosto pessoal. Essas customizações também são válidas para mudar a aparência do seu carro e diminuir o seu nível de periculosidade para despistar os policiais.

Há ainda uma boa variedade de carros para se escolher, embora não sejam em número muito extenso, que variam de várias classes e estilos, começando com alguns mais "modestos" como Fiat Punto, Chevrolet Cobalt SS e Audi A3, até para os mais possantes e desejados carros esportivos das maiores escuderias, tais como Dodge Viper, Ford GT, Lamborghini Murcielago, Mercedes Benz SLR McLaren e Porshe Carrera GT. Sem dúvida, é muito emocionante sentir o seu carrão passar dos 300 Km/h em uma reta e deixar os adversários comendo poeira, assim como escolher cada detalhe para deixá-lo quase único de acordo com a sua vontade.

Tanto os carros como os itens de peças e upgrades são liberados aos poucos, conforme se vai avançando no game, o que ajuda para lhe dar base para ir aprendendo aos poucos como melhor controlar e configurar a sua máquina, já que ao pegar um carro mais possante, é necessário também ter maior conhecimento para conseguir obter a estabilidade no controle. O problema é que a dificuldade também aumenta gradativamente, se tornando realmente difícil e até exaustivo da metade para o final.

A inteligência artificial dos competidores nas corridas fica devendo um pouco, por ser muito pouco agressiva e depender mais do seu erro para ter chances de vencer. Os competidores em geral usam muito pouco o nitro e às vezes freiam sem necessidade em uma curva, mas é interessante notar que eles também erram em alguns momentos, batendo em obstáculos ou no tráfego que circula normalmente pela cidade, este por sua vez bastante realista e imprevisível. Já na IA dos carros de polícia acontece o inverso, pois se tornam rápidos e ágeis demais conforme nos aproximamos do final do modo Carreira, quando o seu nível de periculosidade também costuma se manter bem alto. Nesses casos, chega a cansar estar sempre tendo que despistar 8 ou mais carros de polícia, que podem contar até mesmo com a ajuda de um apelativo helicóptero. Uma carta na manga que você precisa explorar são pontos específicos do mapa que servem para dar fim aos policiais, como explodir postos de gasolinas ou derrubar outdoors, andaimes ou até mesmo uma enorme rosquinha da placa da lanchonete, embora isso piore ainda mais o alerta para o seu carro, o que muitas vezes fará brotar carros de polícia do nada. Isso colabora bastante para aumentar o desafio, mas torna a dificuldade muito apelativa.

Áudio:

Como não costuma faltar em títulos esportivos da EA, a trilha sonora de Most Wanted traz uma variedade de músicas dos estilos Hip-Hop, Rock e música eletrônica, que agradam durante boa parte do tempo, embora se tornem um pouco repetitivas no final. Na verdade, só faltou mesmo uma variedade um pouco maio na trilha para receber a nota máxima neste quesito, pois o resto detona.

O ronco dos motores e os efeitos de áudio no geral impressionam e encantam pelo detalhismo e veracidade, como se notar o som muito bem distorcido ao passar por um túnel ou notar a distância e localização dos competidores pela intensidade do som de seus carros. Realmente nenhum detalhe foi esquecido, demonstrando também uma boa ambientação dos diversos locais da cidade.

Outro ponto que merece atenção são as vozes muito bem representadas. A começar pelos principais personagens, com destaque para a Josie Maran, que estão sempre lhe enviando recados no celular ao final de cada corrida. A comunicação de base da polícia também é outro ponto alto, inclusive pela forma como as conversas vão se desenrolando, com a central passando a denúncia de um "pega" ou quando você está tumultuando certa região da cidade, até que um carro responde pedindo mais informações sobre o infrator e recebe os seus dados (como modelo do carro, cor e região em que estava se dirigindo quando foi visto), respondendo que está indo a caminho para averiguar. No meio das perseguições, os policiais também vão se comunicando, pedindo reforços, formando barreiras ou mesmo pedindo ajuda quando lhe perdem de vista.



Gráficos:

A primeira vista, os gráficos do game impressionam pelo visual muito bem implementado para quem tem um PC capaz de rodá-lo com qualidade alta e todos os efeitos ligados. A câmera fica muito bem posicionada e praticamente não se sente a falta da possibilidade de se mudar o seu posicionamento ou aproximação. No geral, os efeitos ganharam melhorias até então inéditos pela sua qualidade e sensação de realismo, em especial o efeito de chuva que é belíssimo, embora sutil, e o blur que deixa a imagem embaçada ao se aproximar dos 200 Km/h e vai se intensificando conforme aumenta a velocidade, passando uma sensação de aceleração incrível. O efeito de blur, porém, pode chegar a incomodar alguns jogadores, fato que causou reclamações na comunidade e até a aparição de programinhas independentes que desativam a capacidade da placa de vídeo em reproduzi-lo, já que o game não permite desativá-lo.

Outro efeito que impressiona é uma espécie de simulação da tecnologia HDR (High Dynamic Range) - simulação porque ele não é feito realmente de forma dinâmica em tempo real - que causa uma impressão bastante realista da mudança de iluminação ao se sair de um túnel para um ambiente muito claro, no qual demora alguns segundos para que a pupila do olho regule a passagem de luz da retina, causando uma dificuldade para se visualizar por um curto momento. O efeito se tornou muito bacana e bem realizado, contribuindo para aumentar o realismo.

O cenário da enorme cidade também foi bem projetado e ganhou vários toques importantes, com diversos atalhos e pontos que se pode alterar a rota seja para tentar fugir da polícia ou dividir os carros em uma corrida. Há espaços bem variados representado diferentes bairros e auto-estradas, o que colaboram para uma ambientação bem diversificada, mas o excesso de corridas e desafios que se deve disputar para chegar a primeira posição da Blacklist acaba desgastando um pouco de forma que cansa principalmente no último terço do jogo passar pelo mesmo trecho do mapas muitas vezes, o que poderia ter sido evitado com a criação de uma segunda cidade ou mais dois bairros para ampliar um pouco mais os espaços. É certo que a EA também buscou algo diferente dos seus dois últimos títulos que traziam apenas ambientes noturnos, mas poderiam incluir uma ou outra corrida durante a noite para diversificar e não ficar só nessa de 8 ou 80.

As texturas também deixam a desejar em alguns detalhes quase mínimos, diga-se de passagem, mas que podem ser notadas por olhos mais aguçados. Um ponto que pode enganar o jogador ao deixá-lo impressionado são os reflexos no seu carro e alguns pontos do cenário, que de longe ou sem muita atenção parecem ser renderizados em tempo real, mas com um pouco de atenção se mostram na verdade animações pré-programadas que refletem no vidro do seu carro detalhes que caracterizam cada região do mapa, mas sem a veracidade do que deveria estar sendo mostrado de acordo com o que está acima ou ao lado do seu carro. Se fosse um sistema de reflexo em tempo real, seria realmente revolucionário, mas neste caso apenas dá uma certa impressão melhorada.

As cenas de vídeos que rodam principalmente no início entre as corridas ficaram bem bacanas, também com um certo efeito de blur em volta de cada ator, proporcionando um visual que ao mesmo tempo parece um pouco fantasioso e dá um toque único de realismo.

Conclusão:

Sem deixar o carro morrer, a EA Games não desaponta ao fazer de Need for Speed: Most Wanted um título digno para entrar no Hall dos melhores da série. A empresa soube usar com maestria os pontos mais interessantes dos dois títulos da linha Underground, mesclando com o fator perseguição policial que há tempos não dava a cara. Somando a diversão à vontade em uma campanha solo para lá de extensa e um multiplayer capaz de entreter por horas os fãs, temos neste game o essencial para prender a atenção de quem curte o estilo, somados aos gráficos impressionantes, jogabilidade muito bem desenvolvida e áudio de qualidade suprema. É válido ressaltar que a versão brasileira ainda vem com o adicional de todo o conteúdo in-game da edição especial que saiu nos EUA chamada "Black Edition", oferecendo 2 carros exclusivos, 3 corridas exclusivas, e vários itens e equipamentos exclusivos para melhorar ou embelezar a sua máquina.

O jogador que já começar se encantando com a gatíssima Josie Maran não deve encontrar motivos para desanimar, pois NFS: Most Wanted consegue um equilíbrio bem projetado entre explorar a cidade, ganhar as corridas, fugir e desafiar a polícia, e progredir vencendo cada um dos 15 corredores da "lista negra" entre os mais procurados. Contanto que você não seja o típico jogador interessado apenas no lado da simulação, certamente terá bons momentos com este game e por isso há motivos de sobra para não deixá-lo passar.


Total :

Gráfico : 8.5
Jogabilidade : 10
Diversão : 9
Audio : 10
Ir para o topo Ir para baixo
 
Review do Need For Speed Most Wanted
Ir para o topo 
Página 1 de 1
 Tópicos semelhantes
-
» Need for Speed: Most Wanted
» Review do Need For Speed Underground 2
» Review do Need For Speed Carbon !!!
» Review do Grand Theft Auto IV !!!
» Review do Grand Theft Auto San Andreas

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
 :: Jogos :: Jogos de Computador-
Ir para: